SEMEÃO

O Semeão entrou no abrigo da associação em 2012.

Entrou ainda bebé com a sua irmã, tinham quatro meses, recolhidos de um pinhal.

Tentámos, durante meses, fazer dele um “cão normal”. Nunca conseguimos.

Vivem connosco há muitos anos, fizeram alguns amigos de quatro patas, conhecem as nossas rotinas e respeitamo-nos. Não tolera uma aproximação ou um toque de um humano sem atacar. Morre de medo todos os dias.

Medo que lhe toquem, medo que olhem para ela, medo de tudo.

Não acreditamos que existam casos perdidos, mas o Semeão é quase.

Sabemos que nunca vai ser adotado. Ninguém, ou quase ninguém, tem as condições que ele precisa. Mas insistimos em mantê-lo no álbum dos cães para adoção.

Nunca se sabe.